
Grupo de Pesquisa realiza visita técnica ao Museu Antropológico da UFG
Atividade fortalece pesquisa decolonial e contribui para o aprofundamento de estudos sobre história indígena
Texto e fotos: João Lúcio
Na tarde da última terça-feira, 19 de agosto de 2025, pesquisadoras do Grupo de Pesquisa “História Indígena: interculturalidade crítica e decolonialidade”, coordenado pelo professor Elias Nazareno, vinculado à Faculdade de História (FH) e ao Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás (UFG), realizaram uma visita técnica ao Museu Antropológico (MA/UFG). A atividade, realizada das 14h às 17h, teve como objetivo aprofundar os conhecimentos técnicos e metodológicos das pesquisadoras, fortalecendo a integração entre os campos da antropologia, arqueologia e história, com especial atenção às abordagens críticas e decoloniais voltadas para a história indígena e ambiental.

A visita contemplou quatro espaços estratégicos do Museu: a Reserva Etnográfica, a Reserva Documental, o Laboratório de Conservação e Restauro de Acervos em Papel (LACRAP) e o Laboratório de Arqueologia (LabArq). O grupo foi recepcionado pela museóloga Mayara Monteiro, Coordenadora de Museologia do MA, que apresentou as peças etnográficas, seus contextos de origem, a importância da documentação fotográfica e os processos de digitalização para preservação.



A atividade também contou com a participação de Yebi Karajá, novo bolsista indígena do Observatório dos Povos Indígenas de Goiás (OPIG), que se somou ao grupo para acompanhar de perto os processos de preservação e pesquisa desenvolvidos no Museu Antropológico. Sua presença reforçou a importância da participação indígena em espaços acadêmicos e patrimoniais, contribuindo para perspectivas mais representativas e plurais sobre a história e a memória dos povos originários.
No LACRAP e na Reserva Documental, a conservadora-restauradora Ana Cristina Santoro compartilhou conceitos e práticas essenciais para a salvaguarda e preservação da memória documental, destacando a relevância da conservação de registros bidimensionais e tridimensionais no suporte à pesquisa histórica. Já no LabArq, o arqueólogo Diego Mendes, coordenador em exercício, apresentou sítios arqueológicos vinculados ao Museu, abordando métodos de datação e interpretação de vestígios que revelam dinâmicas socioculturais de povos indígenas na Ilha do Bananal.


Para a doutoranda Tâmara Manrique, integrante do Grupo de Pesquisa, a experiência também reforçou a relevância do diálogo acadêmico transdisciplinar. “Esta imersão técnica nos campos da arqueologia, da antropologia e da museologia me ajudam a compreender como diferentes trabalhos se articulam à pesquisa historiográfica, o que amplia não apenas as nossas fontes, mas também as abordagens de análise. Para a pesquisa histórica, especialmente no campo da história indígena, essa interação é fundamental para construir olhares mais complexos e contextualizados”, afirmou.



Ao abrir suas reservas especialmente para o grupo, o MA/UFG reforça seu papel como parceiro estratégico na produção e difusão do conhecimento histórico, consolidando o diálogo entre pesquisa, preservação patrimonial e práticas decoloniais.
Acompanhe aqui todos os registros fotográficos da visita do Grupo de Pesquisa História Indígena: interculturalidade crítica e decolonialidade:
https://museu.ufg.br/a/visita-grupo-de-pesquisa-historia-indigena-e-historia-ambiental-interculturalidade-critica-e-decolonialidade
Fonte: Coordenação de Intercâmbio Cultural (CIC/MA)
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