
Museu Antropológico realiza homenagem ao povo Tapuia do Carretão
Professora Dra. Eunice Tapuia é reconhecida por sua trajetória e luta por memória e identidade indígena
Texto: Juliana Ribeiro
Revisão: João Lúcio
Durante a programação da 23ª Semana Nacional de Museus, realizada de 12 a 18 de maio de 2025, no Museu Antropológico (MA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi realizada uma homenagem à primeira professora indígena da universidade, Eunice Pirkodi Caetano Moraes Tapuia, e ao seu povo, os Tapuia do Carretão. A professora foi homenageada com uma frase de sua autoria na escadaria externa do Museu, e o nome do seu povo também passou a grafar o espaço do MA/UFG.
Eunice Tapuia, que é a primeira professora indígena da UFG, leciona pistemologia indígena no curso de Licenciatura em Educação Intercultural desde de maio de 2024. Como forma de reconhecimento pela presença e contribuição da professora, em um dos principais eventos do realizado no MA/UFG, Eunice foi homenageada com uma frase de sua autoria que representa todo o seu povo, suas histórias e suas culturas.
“Tapuia do carretão: um povo que resiste e re-existe hoje e sempre” foi a frase escrita por Eunice. A frase é um manifesto que ecoa a luta e força coletiva do seu povo, a persistência e a presença viva da Comunidade Tapuia do Carretão, a maior comunidade Indígena de Goiás, em um estado historicamente marcado por violência e opressão.

No mesmo dia, a professora Eunice recebeu outra homenagem em reconhecimento ao seu povo. Como forma de valorizar e reconhecer a importância da cultura indígena, o nome “Tapuia” foi grafado nas escadarias internas do Museu Antropológico da UFG. O registro se torna um marco simbólico de reparação e inclusão, evidenciando a contribuição do povo Tapuia do Carretão na história e na construção da identidade cultural do estado de Goiás.

O reconhecimento do povo Tapuia por meio da grafia de seu nome no espaço do MA/UFG, tem um grande significado para a professora. Segundo ela, o registro significa “que estamos presente, além disso, significa que somos reconhecidos como povo indígena aqui no estado de Goiás, porque por muito tempo houve apagamento, então nós tivemos que lutar pelo nosso território e pelo reconhecimento de ser quem somos”, conclui Eunice.
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