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MA/ UFG em Berlim e Londres e o reencontro dos Iny Karajá com seus pertences culturais.

Updated at 09/29/24 08:33 .

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Entre os dias 14 e 26 de setembro, uma equipe de pesquisadores do Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou uma segunda missão acadêmica em Berlim e Londres. A missão contou com a participação especial dos líderes indígenas Iny Karajá da aldeia Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal, Sokrowe e Ixyse. O objetivo foi promover o reencontro  dos líderes com objetos históricos de sua cultura, alguns datados de 1888, como aproximadamene 500 exemplares da coleção do etnógrafo Paul Ehrenreich, preservados no Museu de Etnologia de Berlim, além de buscar parecerias para os projetos comunitários do Iny Karajá relacionados ao patrimônio cultural, meio ambiente e educação.

Londres e Berlim

Berlim

Em Berlim, o diretor do Museu Antropológico da UFG, Manuel Ferreira Lima Filho, e as lideranças Iny Karajá foram convidados a participar da "Semana da Amazônia", promovida pela Embaixada Brasileira/Itamaraty. O evento reuniu lideranças como Davi Kopenawa, Alessandra e Leandro Munduruku, e destacou questões urgentes, como os impactos do desmatamento, das queimadas, garimpo, do agronegócio,  seca dos rios afetando os territórios indígenas entre eles a Ilha do Bananal.

 

MRE Berlim

Na etapa em Londres, a equipe realizou uma reunião de trabalho na reserva etnográfica do Museu Britânico, onde Sokrowe e Ixyse reencontraram objetos históricos de seu povo, coletados em expedições ao rio Araguaia. Embora a coleção Iny Karajá do Museu Britânico não se destaque pela quantidade de peças, a raridade e o valor histórico de alguns artefatos são notáveis. Entre eles, uma borduna do século XIX, admirada pela técnica artesanal em sua confecção, destacando-se o acabamento com três camadas de plumas de arara-vermelha e uma ponta de osso, provavelmente de onça ou veado. Outros itens relevantes incluem flechas de técnica apurada e tembetás de quartzo do século XIX, que reforçam a importância desses objetos na construção social dos Iny Karajá e nas trocas com outros grupos da região, como os Tapirapé e os Kayapó.

 

Londres

A missão contou com o apoio da Secretaria de Relações Internacionais da UFG, da Embaixada da Alemanha no Brasil, da Embaixada Brasileira em Berlim, do CNPq, da Secretaria de Relações Exteriores da Alemanha (Berlim) e do Centro de Excelência Santo Domingo para Pesquisa Latino-Americana (SDCELAR) do Museu Britânico. Participaram da missão o antropólogo e diretor do Museu Antropológico da UFG, Manuel Ferreira Lima Filho, e o antropólogo pós-doutorando do MA/UFG/CNPq, Rafael Andrade componentes dos projetos "Materialidades" e "Kuaxiru" ambos financiados pelo CNPq.

 

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