MA/UFG lança programação da 17ª Primavera dos Museus
Com exibição de filmes e oficinas, esta edição traz como tema “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e
quilombolas”
Texto: Ênya Morais
Ilustração: Milena Nominato
Começa dia 18, segunda-feira, a 17ª Primavera dos Museus do MA/UFG. O evento proposto pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) traz como tema "Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas” para oportunizar a reflexão sobre como a democracia de seus agentes vem sendo construída. Esta edição contará com exibição de filmes, oficinas, performance e, claro, visitação às exposições. As atividades são em parceria com o Projeto Óia Passarinhar e o grupo de teatro Djambalau.
As memórias da comunidade LGBT+ são fundamentais para compreender a luta por direitos civis, igualdade e respeito. Ao longo da história, indivíduos LGBT+ têm enfrentado discriminação, marginalização e perseguição em muitas sociedades. Essas memórias coletivas abrangem movimentos de protesto, manifestações, eventos significativos, como as revoltas de Stonewall em 1969, e os esforços contínuos para alcançar, por exemplo, a igualdade no casamento, adoção e não discriminação.
As memórias dos povos indígenas são essenciais para preservar suas culturas, línguas e conhecimentos ancestrais. Muitas comunidades indígenas enfrentaram séculos de colonialismo, exploração e opressão que causaram a perda de terras, a destruição de tradições e a negação de seus direitos fundamentais. A democracia efetiva para os povos indígenas implica o respeito aos seus direitos de autodeterminação, consulta e consentimento livre, prévio e informado sobre questões que afetam suas terras e comunidades, em uma abordagem inclusiva que valorize suas memórias e perspectivas.
As memórias das comunidades quilombolas são um testemunho da resistência e resiliência ao longo do tempo. Os quilombos surgiram como comunidades autônomas de pessoas afrodescendentes que escaparam da escravidão e lutaram por liberdade e dignidade. Para as comunidades quilombolas, a democracia significa reconhecimento oficial de suas terras e direitos, preservando suas tradições culturais e garantindo o acesso a serviços básicos, como educação e saúde. É essencial que suas vozes sejam ouvidas nas decisões que afetam suas vidas e territórios.
Portanto, a memória é um elemento vital para a construção da democracia e para a promoção da igualdade e da justiça social. Por um lado, preservar as memórias das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas é fundamental para que suas lutas, realizações e identidades sejam valorizadas e respeitadas na sociedade contemporânea e os museus têm essa responsabilidade. A democracia verdadeira deve garantir a inclusão dessas vozes historicamente marginalizadas, permitindo que sejam protagonistas de seu próprio destino e da construção de um futuro mais justo e igualitário.
No MA/UFG, a programação vai acontecer entre 18 e 23 de setembro. Durante a Semana, as exposições "Lavras e Louvores" e "Redes, Saberes e Ocupações: 50 anos do MA/UFG" estarão abertas à visitação. Nos dias 20, 21 e 22 serão realizadas exibições de filmes das 19h às 21h. Já no dia 23, sábado, a programação conta com oficinas e performance. Entre 8h e 10h é a Oficina do Projeto Óia Passarinhar, com a observação de aves e uso da ferramenta eBird. Serão 20 vagas das 8h às 9h e 20 vagas das 9h às 10h. As inscrições são gratuitas, pela plataforma Sympla, e já estão abertas, só clicar aqui. Às 10h, será a vez da atividade “Desenhando memórias: o museu é para todo mundo”. Uma oficina de histórias em quadrinhos com a Rede de Pessoas Educadoras em Museus de Goiás (REM-Goiás). Serão 20 vagas para esta atividade, as inscrições também são gratuitas, pela plataforma Sympla, e podem ser feitas aqui. Ainda às 10h, haverá a performance poema “Amor” da poetisa ugandense Susan Kiguli com Valéria Vieira e Janus Carvalho, do grupo teatral goianiense Djambalau.
Veja a programação:
Fonte: Comunicação MA/UFG
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