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“Precisamos de políticas públicas para os museus universitários”, diz Andifes

Atualizada em 11/10/22 16:59.

Evento realizado pela Andifes, entre 3 a 5 de outubro no Rio de Janeiro, reuniu especialistas em museus universitários.

                                                                                                                                Créditos: Andifes

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               A Comissão de Museus da Andifes realizou, de 3 a 5 de outubro, o I Seminário Memória, Museus e Patrimônios Culturais, Artísticos e Científicos, no Rio de Janeiro. No evento, foram debatidas e elaboradas propostas de ações das universidades, visando proteção, preservação, políticas de financiamento e gestão dos acervos, coleções e museus sob a responsabilidade das universidades federais. Os representantes das universidades e de diversas áreas do conhecimento presentes no evento foram unânimes ao afirmar que faltam políticas públicas voltadas ao financiamento, manutenção e exposição dos museus universitários brasileiros.

                 “Precisamos de ajuda financeira, e de pensar em uma matriz financeira específica para cuidar desses patrimônios, de uma pauta para os servidores [dos museus] e de uma política pública que realmente preserve adequadamente e garanta as condições mínimas para que esses acervos sejam salvaguardados”, afirmou a reitora Marcelle Pereira (UNIR), presidente da comissão de museus da Andifes.

               As universidades federais brasileiras possuem e são mantenedoras de mais de 170 museus, de diferentes tipos, origens e formas de atuação, e em muitas localidades, especialmente em cidades de menor porte nos interiores dos estados brasileiros, os museus universitários são alguns dos poucos, senão os únicos, museus existentes.

                  A maior parte dos museus e entes museais do nosso país, assim como o enorme acervo que retrata nossa história, fica nas universidades públicas, principalmente as federais, afirmou a reitora Denise Pires (UFRJ). “Precisamos reconhecer esse patrimônio, e prospectar um financiamento adequado por parte do Ministério da Educação para a preservação da nossa história e do nosso patrimônio artístico, cultural e científico. Todos os documentos que surgiram desse seminário serão muito importantes para embasar políticas públicas para manter nossos museus e nossa memória, e financiar a pesquisa, o ensino e as atividades de exposição relacionadas à visitação do público desses museus que estão nas universidades federais”, disse Denise.

          Os museus universitários possuem particularidades que os diferenciam dos demais museus, fruto do ambiente universitário onde a multiplicidade de acervos e de temáticas favorece o desenvolvimento de propostas distintas. Questões como financiamento, gestão de patrimônio cultural e acervos científicos, papel que desempenham no meio acadêmico, independência e descentralização institucional, inserção na dinâmica acadêmica de pesquisa, ensino e extensão, segurança e parcerias foram abordadas em palestras, mesas e Grupos de Trabalho ao longo dos três dias de evento.

            “Várias das questões pontuadas e colocadas [no seminário] vêm nos ajudar a formular uma política nacional de museus. Não só sobre financiamento, mas também sobre todas as particularidades que envolvem museus e mantenedores de outros tipos de acervos. O seminário teve participações nacionais e internacionais que trouxeram experiências extremamente importantes para subsidiar essa comissão [de museus] da Andifes, para que possamos discutir nacionalmente uma política de todas as questões dos museus”, salientou a reitora Claudia Marliére (UFOP).

            “Esse seminário é histórico para a gente discutir e debater os museus universitário em âmbito federal, e propor caminhos e políticas para que de fato os museus, coleções e acervos possam crescer e estar à disposição da sociedade de forma adequada”, reforçou Cláudia Carvalho, diretora do Sistema de Museus, Acervos e Patrimônio Cultural (Simap) da UFRJ, que hospedou o evento no Rio de Janeiro.

                Maria Carolina Machado, técnica de assuntos educacionais do MEC e coordenadora da comissão disciplinar de museus universitários, destacou a importância do contato entre a comissão do MEC e da Andifes. “A importância desse diálogo é extrema, para diagnosticar, cadastrar e saber reconhecer os espaços e os entes museais, para assim a gente poder propor metas e políticas públicas tanto de orçamento, quanto de quadros e vagas, e também institucionalizar os museus perante suas entidades mantenedoras, e saber qual é essa diversidade, para podermos caminhar com outras metas e propostas de articulação, gestão e governança desses museus”, avaliou a representante do MEC.

             As atividades, mesas e palestras do I Seminário Memória, Museus e Patrimônios Culturais, Artísticos e Científicos da Andifes foram transmitidas online, e estão disponíveis no Canal do Youtube da Andifes.

 

                                                                                                                                           Créditos: Andifes

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Fonte: Andifes

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