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Museu Antropológico colabora com a formação de estudantes do Núcleo Takinahaky

Atualizada em 14/08/18 15:26.

No período de 06 a 10 de agosto de 2018, o Museu Antropológico, por meio de seus profissionais e de seus espaços educativos especializados (reservas técnicas, laboratórios e exposições), colaborou com a formação dos professores indígenas, estudantes do curso de Licenciatura em Educação Intercultural, oferecido pelo Núcleo Takinahaky, este último criado em 2007 para formar professores indígenas, na Universidade Federal de Goiás.

Parte das atividades do curso Museologia e documentação de saberes aconteceram no Museu, onde os estudantes tiveram oportunidade de discutir os conceitos relacionados aos museus e seus campos de atuação, bem como a importância dessas instituições na preservação das memórias e na salvaguarda, difusão e fortalecimentos das culturas e das identidades dos povos.

O curso Museologia e documentação de saberes compõe a matriz curricular da Licenciatura em Educação Intercultural, que é organizada a partir de temas contextuais e não de disciplinas.  

 

    Educ. Intercultural3            Educ. Intercultural

 

No Museu Antropológico, espaço de pesquisa interdisciplinar em antropologia e áreas afins, os estudantes indígenas puderam visitar espaços especializados e participar de oficinas de preservação, conservação, documentação e guarda de acervos etnográficos e arqueológicos.

 

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Também foram realizados os primeiros procedimentos de tratamento de um pequeno acervo etnográfico constituído pelo Nucleo Takinahaky, a partir de doações dos alunos no decorrer dos seus 10 anos de existência, com o objetivo não só de conservação e guarda desses objetos, mas também de pensar um projeto expositivo para os mesmos.

 

Participaram do curso, 38 estudantes ingressados nos anos de 2013, 2014 e 2015 e já em fase de conclusão dos seus estudos na UFG. Estiveram presentes representantes dos povos Apinajé, Canela, Gavião, Kamayurá, Karajá, Krahô, Tapirapé, Tapuia, Xacriabá, Xavante e Xerente. As visitas técnicas e oficinas resultaram em discussões muito produtivas. Foram dias intensivos de muitas trocas e aprendizados, já que a grande maioria do acervo salvaguardado pelo MA é proveniente das regiões onde vivem os povos indígenas aos quais os estudantes pertencem, sendo que muitos dos artefatos vistos já não são confeccionados nas suas aldeias.

 

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Um dos assuntos abordados no curso foram os museus comunitários, como espaços de documentação de saberes, de sistematização das memórias e de empoderamento e fortalecimento das identidades indígenas, visto que muitos estudantes estão interessados em criar museus e espaços culturais em suas aldeias. 

                                                                                                                                                                                                                           

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O curso foi planejado e conduzido por Rosani Moreira Leitão, contando com a colaboração de outros profissionais e estagiários do MA. Colaboraram com as oficinas os/as especialistas Adelino Carvalho, Ana Cristina Santoro, Diego Mendes, Janice Mateucci, Karolyn Soledad Saavedra, Tatyana Beltrão, Aline dos Santos Oliveira, Lucas de Souza Nonato, Thaís Maia e Paola Gomes.