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exposição Bonecas Cerâmicas Ritxòkò: Arte e Ofício do Povo Karajá

Atualizada em 24/01/12 08:26.
Exposição é um dos resultados de projeto de pesquisa desenvolvido pelo Museu, com patrocínio do IPHAN e da FAPEG e será montada na Sala do Artista Popular, Rio de Janeiro

Equipe de pesquisadores/as do Museu Antropológico da UFG realiza, desde 2009, a pesquisa Bonecas Karajá: arte, memória e identidade indígena no Araguaia, com financiamento inicial da FAPEG e, posteriormente, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por meio da Superintendência do IPHAN em Goiás. O objetivo é levantar informações etnográficas sobre o povo Karajá e, em especial, sobre o ofício e o modo de fazer a boneca cerâmica ritxòkò, para subsidiar o pedido de registro desse bem cultural como patrimônio cultural imaterial brasileiro.

 
O pedido de registro já se encontra protocolado no Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN e conta com uma primeira avaliação positiva por parte dos especialistas que compõem o Comitê Avaliador. O projeto envolve pesquisa de campo, a redação de um texto de caráter etnográfico, que será publicado em forma de dossiê, e a produção de dois documentários em vídeo, um de sessenta, e outro de 12 minutos. A pesquisa de campo está sendo realizada na Ilha do Bananal, TO, especialmente nas aldeias Santa Isabel do Morro (centro irradiador da produção cerâmica de ritxòkò), Wataú, JK e Werebia e, em Aruanã, GO, nas aldeias Buridina e Bdè-Buré.
 
A exposição Bonecas Cerâmicas Ritxòkò: Arte e Ofício do Povo Karajá
 
  Um dos desdobramentos deste projeto de pesquisa é a exposição Bonecas Cerâmicas Ritxòkò: Arte e Ofício do Povo Karajá, que se realizará na Sala do Artista Popular do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, unidade especial do IPHAN, na cidade do Rio de Janeiro, no período de 25 de janeiro a 27 de fevereiro de 2011. A exposição, além de dar visibilidade a essa importante arte cerâmica indígena brasileira, abre um nicho significativo para o comércio dessas peças, numa cidade com forte tradição turística, já que a exposição marca o início de uma parceria da Sala do Artista Popular com as ceramistas, possibilitando a venda das bonecas cerâmicas nesse espaço, por tempo indeterminado.
 
A abertura da exposição contará com a presença das ceramistas Siramaru, Lubederu e Belanré, e da liderança Idiarrina Karajá, todos da aldeia Santa Isabel do Morro. A presença das ceramistas na abertura da exposição, assim como as visitas às coleções de ritxòkò guardadas em museus etnográficos fluminenses serão filmadas e farão parte do documentário que está sendo produzido pelo projeto de pesquisa sobre o ofício e o modo de fazer boneca cerâmica.
 
A equipe de pesquisadores/as é formada por Manuel Ferreira Lima Filho, Nei Clara de Lima (Coordenadora da 1ª. fase do projeto), Rosani Moreira Leitão, Telma Camargo da Silva (Coordenadora da 2ª. fase do projeto), Maíra Torres Corrêa (Historiadora da Superintendência do IPHAN em Goiás), Michelle Nogueira Resende (Estagiária) e Núbia Vieira Teixeira (Assistente da 1ª. fase da pesquisa).
 
Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás
Praça Universitária, 1166 – Setor Universitário – Goiânia/GO
Fones: 3209-6010/6011

Fonte: Museu