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Visite a Mostra Temporária As Ritxòkò do Araguaia: arte das mulheres Karajá

Atualizada em 21/08/14 11:43.
Ensaio Fotográfico ficará aberto no Museu Antropológico até 30 de março de 2011.

 

 

 

As Ritxòkò do Araguaia: arte das mulheres Karajá

(Telma Camargo da Silva)
 
 
O ensaio fotográfico As Ritxòkò do Araguaia: arte das mulheres Karajá é uma narrativa visual que traz elementos do ofício e modos de fazer as bonecas de cerâmica, chamadas de ritxòkò, na fala feminina, e de ritxòo, na fala masculina. Objetos da cultura material, as ritxòkò apontam para a reprodução social e material do povo Karajá, evidenciando importantes elementos de sua identidade étnica e da construção do gênero feminino presentes nesta atividade artística.
 
Instrumento de socialização para as meninas e fonte de renda para as mulheres adultas, as ritxòkò permeiam todo o universo simbólico Karajá. Objeto lúdico para as crianças, as bonecas reproduzem também acontecimentos do dia a dia, o ciclo de vida, eventos míticos, conjunto de figuras representativas das unidades familiares complexas, e representações da fauna regional. Comercializadas através da Associação Iny Mahãdu, localizada, em São Felix do Araguaia (MT); no Centro Cultural Mauheri, em Aruanã (GO) ou, vendidas diretamente pelas ceramistas, as bonecas contribuem também para a reprodução econômica do grupo.
 
Esse ensaio foi produzido no âmbito do Projeto Bonecas Karajá: arte, memória e identidade indígena no Araguaia executado por uma equipe de pesquisadore/a/s vinculada ao Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás. A pesquisa etnográfica, em realização desde 2009, nas aldeias Santa Isabel do Morro (TO) e Buridina (GO), objetiva subsidiar o registro das bonecas das Ritxòkò como patrimônio cultural imaterial brasileiro.
 
O Araguaia, como referencial do lugar e marca do território da vida Karajá, emerge como imagens primeiras do ensaio dividido em cinco módulos: O rio Araguaia; O povo Iny (Karajá); O modo de fazer Iny ritxòkò; As ritxòkò e o universo Karajá e O mundo Iny pelas mãos das mulheres Karajá.

Fonte: Museu